SER MULHER É ESTAR SEMPRE ALERTA
Nós, do Movimento Feminista Baque Mulher, prestamos solidariedade às mulheres violentadas e repudiamos esse homem branco, cis, heteronormativo, que se acha no direito de exercer poder sobre outres. É uma briga de gênero, uma briga que o patriarcado criou. E ele não deixa nenhuma de nós fora... Tenha útero ou não, as mulheres (cis e trans), os homens trans, as pessoas não binárias, seguimos todos os dias enfrentando a masculinidade tóxica. Vivemos em estado de alerta, no trabalho, na rua, nos transportes, no hospital, em casa. É revoltante viver assim, e não dá mais! Há alguns dias atrás, eles e elas falavam de maternidade. Quando uma criança foi estuprada, repudiaram o aborto. É óbvio! Não se importam com mães, nem com crianças, pouco importa se ela nasça ou não. O que importa é o jogo de poder. É ditar o que devemos fazer, como e quando devemos fazer. Foi graças a equipe de enfermeiras, que juntaram coragem e revolta, e filmaram e denunciaram o estuprador no ato. Sempre foi nós por nós. É ao lado de outres de nós, que sentimos a coragem e a força para continuar lutando e resistindo. Quantos homens cis você viu repudiar esse caso? Seguimos lutando.